* PAI WALDO TY ÒSÓÒSÌ *

                                              Biografia de Pai Waldo ty òsóòsì

                             Perfil de *  Pai Waldo ty Òsóòsì - Bàbálórisà, Awòró e Oloiye.

 

O INÍCIO DE UMA VIDA E MEUS DESCENDENTES

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O início

 

Acento no cartório Registro de nascimento em 25 de maio, com o nome Waldo Gomes Silva em uma segunda feira, nascido na Cidade de Tupã no Estado de São Paulo, filho de Natalia Maria da Silva (1927) e Iracy Gomes da Silva (1928), sendo o terceiro filho dos (6) seis sendo que o segundo filho morrerá logo bebe.

Seus Paes vindos do Estado das Alagoas Cidade de Anadias (Canudos ou Serra Azul) região das Palmeiras dos Índios onde nascera à primeira filha do casal, Maria José da Silva em 1948. E mudou-se após três anos para Estado de São Paulo e para Cidade de Tupã. O Pai bóia fria da roça e a Mãe dona de casa, uma vida bem simples e modestas ficaram na Cidade de Tupã-SP até Waldo nascer.

Meses depois seus Paes resolverão deixar a cidade juntamente com a filha mais velha, Maria José já com 6 (seis) anos de idade e o pequeno Waldo com alguns meses, e partindo para Capital Paulista em 1954 e passando-a morar no bairro de Vila Munhoz/Vila Maria Alta (zona norte) São Paulo, juntamente com irmão e cunhada de seu Pai, Sr. Artur e Dona Nita no fundo de um restaurante.

Foi quando tudo começou, Waldo com 1 (um) ano e meio de idade caíra do colo de sua prima Marili (Lilá)(1952) de cabeça dentro de um caldearão de feijão que estava sobre o fogão do restaurante de seus Paes e tendo conseqüência graves futuras.

Iniciava-se a luta de seus Paes para a sobrevivência do pequeno Waldo e de sua irmã Maria José, nesta nova metrópole. Seu Pai (Iracy Gomes) aos 26 anos de idade foi trabalhar no centro da capital paulista na Rua Florêncio de Abreu de braçal de obra para um a empreiteira, para melhorar seus rendimentos. Depois de alguns meses de trabalho duro, foi contratado pela loja Malfredo Costa na mesma rua, de aprendiz de Balconista.

Para obter um dinheiro extra em virtude da família esta crescendo conseguiu outro emprego noturno de faxineiro no Jóquei Clube de São Paulo na Cidade Jardim, zona Oeste. Pôr trabalhar em dois empregos e ajuda da esposa (Natalia) conseguiu ajuntar, umas economias e comprou uma casa na (Rua Particular) hoje Rua Francisco Perez Pagan, uma travessa da (Rua B) hoje Rua João Soutomaior na Vila Medeiros e moraram de 1954 a 1961.

 Seu pai Iracy Gomes e sua mãe Natalia Maria, evangélicos membros da Igreja Batista da Vila Medeiros, na Rua Neneca (hoje está: AV. N.S. do Loreto), junto com seus irmãos, já nascidos, Avacy Gomes Silva (1954), Paulo Gomes Silva (1956) e Dulce Maria Silva (1958) a caçula.

 No dia 29/07/1961 (sábado) seus Paes mudaram da Vila Medeiros para o Jardim Brasil um bairro vizinho, na Rua Criscíuma, (513) hoje 1492. 

 Em 1964 entre 9 e 11 anos de idade Waldo começou a ter as primeiras manifestações espirituais, como seus paes eram evangélicos, sua tia Jove (Jovelina Alves Gama) escondida levou-o para um Centro espírita, que na época, sua tia Jove não sabia distinguir Umbanda, Mesa Branca e muito menos Candomblé na Praça Alegria na Vila Maria Alta "Beira Mar" (biquinha), hoje Pça Cianorte.

Sua tia, preocupada com a saúde de seu sobrinho o levou para fazer um Ebó (limpeza no corpo) e um Bòrì, (dar comida a cabeça).

 Waldo uma criança inquieta nervosa e descontrolada passou a morar por uns tempos com suas tias Jovelina (Jove) na Vila Maria Alta e com a Tia Lilia que morava na Casa Verde Alta, pôr criar problemas com seu pai biologico.

 Como seus paes eram religiosos em 1965 aos 12 anos de idade Waldo foi batizado na Igreja Batista do Jardim Brasil pelo Pastor Josué Nunes de Lima no dia 09 de janeiro de 1965 (Sábado) no batistério da Igreja Batista na, Vila Maria Alta (Praça da Alegria) (Rua Moreira de Vasconcelos) do Pastor Mário. Ano da visita no Brasil pela primeira vez o Pastor Americano Billigran, trazendo uma campanha chamada CRISTO À ÚNICA ESPERANÇA. 

Após o batismo Waldo se sentia uma pessoa consagrada, e servo de Deus como se estivesse dentro dele um poder da fé e se achava que tinha o dom da palavra como diz todos evangélicos fervorosos.

Sua avó Dona Leopoldina Alves Silva (Lipú) pessoa de gênio forte e determinada mãe de seu Pai levava o adolescente Waldo para todos os cultos e vigília que havia, para levar á palavra de Deus e testemunhar a sua fé.

Após alguns meses foi morar novamente com sua tia Jovelina na Vila Maria pôr seus paes estarem se separado. Waldo com muitos problemas e revoltado e á saúde debilitada. Sua mãe preocupada o levava para fazer tratamento com psiquiatra na Av. Guapira no Hospital do Jaçanã junto a Igreja Católica Santa Terezinha e um ambulatório do Estado Av. Francisco Matarazzo na Água Branca (Perdizes) e na Rua Voluntário da Pátria no bairro do Mandaqui.

Aos 14 anos de idade em 1967 seu pai arrumou o primeiro emprego de Auxiliar de empacotamento na Rua Washington Luiz, com Av. Casper Libero, no Bairro da Luz – Centro de São Paulo na Loja "Elétrica São Bento”. 

Com seu primeiro salário muito envaidecido, Waldo (14 anos) comprou uma camisa colorida na época era um escândalo, que era moda dos psicodélicos e uma bota calhambeque da Samelo, (lançada por Roberto Carlos) comprada na Av. Casper Libero esquina a Av. Ipiranga centro de São Paulo.

Em um Domingo lindo lá vai Waldo todo arrumado com sua roupa nova comprado com seu primeiro salário para Escola Dominical da sua Igreja (Batista do Jardim Brasil) Rua União hoje Av. Julio Buono, onde era membro e batizado.

Ao chegar foi barrado pelos diáculos e começaram a jogar piadinhas e ofensa, chamando-o de mundano e outra palavras... Não satisfeitos, os diáculos na frente das outras pessoas que estavam na escola dominical dizia: Que o irmão Waldo estava demôniado por estar vestido daquela maneira!

Foram reclamar com o Pastor, que só poderia participar da Escola Dominical e do Culto se trocasse de roupa! Chorando! Por estar sendo humilhado daquela maneira pelos diáculos Sr. Souza e Sr. Gomes (como era conhecido), Waldo um adolescente indefeso não conseguia entender porque eles estavam fazendo aquilo com ele, e eles não tinham o direito de descriminar um adolescente indefeso aquele jeito.

Ao chegar o Pastor Josué Nunes de Lima disse: Que iria falar com seus paes para não criar mais problemas na Igreja. Revoltado Waldo disse a eles: Que a partir daquele dia não fazia mais parte daquela igreja e iria procurar outra congregação que lhe respeitasse e aceitasse não pelas roupas que se vestia, mas pela sua fé em Deus. E nunca mais voltou!...                          

Waldo Passou por várias igrejas, Pentecostal Maravilha de Jesus do pastor Leonel, (onde foi regente do mini Coral de Crianças), Assembléia de Deus Ministério do Belém (Na Rua dois hoje Rua Lagoa do Itaenga), Igreja Metodista do Pastor Luís onde sua irmã Maria José era corista e fazia parte uns dos melhores corais evangélicos da região.

De nada lhe servia, de nada de se encontrar, nada mais fazia o seu coração e a sua fé cristã voltar no que era antes. E ainda para arruinar mais a sua fé com os evangélicos, sua mãe começou a sofrer de uma dor no braço que gritava de dor dia e noite e os filhos não sabiam o que fazerem. Todos os dias um amigo farmacêutico Joel que morava Rua Major Roberto dos Santos, entre a Rua Carlos dos Santos com a Rua Vila Isabel quem aplicava injeções fora de hora quando a dor apertava e era muito difícil para os filhos verem tudo aquilo e nada poderem fazer. E sem o apoio da Igreja de onde sua mãe frequantava.

Ao ver aquela situação Dona Maria Sanches, Bàbá de um terreiro de Umbanda na Rua Criscíuma, esquina com Rua seis (hoje Rua Vila Isabel), vendo o sofrimento achou pôr bem convida-la Dona Natalia (mãe de Waldo) para assistir uma sessão espírita na Tenda Espírita de Umbanda Cabôclo Pena Branca e Zé Pelintra, sem compromisso para que os guias dessem uma olhada no braço.

Ali foram no dia marcado e atendido pelo seu Zé Pelintra, e disse para sua mãe; que seu vizinho do lado tinha feito um feitiço para ela por não gostar de seus filhos. Waldo e seus irmãos acharam aquilo muito estranho! Mas com os trabalhos espirituais e a fé, dona Natalia estava curada, fazendo tudo isso escondido de seu marido (Iracy Gomes).  

Waldo vendo aquilo tudo que aconteceu com sua mãe, achou pôr bem freqüentar o centro espírita da dona Maria e se interessou pela a religião e começou a participar de vários Centros Espíritas como mesa Branca Alan Kardec do Sr. Luís, Reino Divino na Rua Criscíuma, do lado do terreiro da dona Maria. Falar com preto velho na casa de dona Terezinha mãe pequena do Terreiro de dona Maria.

Já freqüentador da umbanda da Bàbá Maria Sanches, começou a se interessar pelo ritual inclusive pelos sons dos atabaques. Em uma sessão o Caboclo Pena branca o chefe da casa disse para Waldo: - Garoto um dia você irá receber-me, Waldo achou aquilo um absurdo, mas só o tempo poderia dizer as palavras sabias daquele Cabôclo.

Juntamente com seu amigo Robson Rocha Pimentel começou a visitar vários terreiros de Umbanda inclusive o T. E. U. São Benedito e o terreiro do Sr. Veloso, av. Julio Buono 1066 na Vila Gustavo.

Foi quando Waldo começou a ter os seus primeiros seguidores: Dona Olga e filhos, Hugo e esposa Rosa e Irmão Leão, Dirce Pereira, José Floriano Pereira, Sandra Regina Pereira e Sérgio Roberto Pereira, Dulce Monti, Ernesto Perez, Rosana Monti, Ronaldo Monti, Nirde (Amélia) e filhas, Sueli Aparecida Banzatto, Dona Nair Plinta, Sr. Orivaldo Banzatto e filho Neno, fazendo sessões espirituais na maioria na casa destas pessoas.

 Uma das coisas que mais marcou Waldo com sua mediunidade no seu inicio foi um Espírito de um Preto velho: Pai José de Angola com a fé com ajuda deste preto velho depoimento da própria Dona Dirce a sua filha Sandra Regina Pereira se curou de um “tumor maligno no celebro” e com ajuda da medicina e a espiritual.

Com uma mediunidade firme Waldo foi convidado para ser Pai-Pequeno no Centro Espírita de Umbanda Cabocla Júpira, na Rua Criscíuma, 1100 no Jardim Brasil, comandada pela Bàbá Dona Nair Yemòja e a Mãe pequena Marina de Oyà.

Waldo ficou como Pai pequeno de 1971 até Janeiro de 1974 e seus seguidores começarão a procurar outro lugar para um novo terreiro de umbanda. Com mais experiência que teve com o Pai-Pequeno e com ajuda da Dona Nair Yemòja, uma pessoa que muito o orientou no inicio da sua vida espiritual.

Mudara-se para a Rua Criscíuma, 1492 – em uns dos cômodos da casa da mãe de Waldo (Dona Natalia) a onde os seus seguidores formaram uma diretoria e obtiveram vários nomes: Tenda Espírita de Umbanda Pai José de Angola e Caboclo Pena Branca, T. E. U. Cabôclo Pena Branca e Mamãe Oxum e finalmente Ilè de Oxossi, Caboclo Pena Branca e Mamãe Oxum.

Mesmo fazendo sessões espirituais, seus seguidores estavam à procura de outro lugares para maior comunidade, uns dos primeiros lugares encontrados foi na Av.Tanque Velho (Vila Nivi), era pequeno e mal ventilado, outro uma sede de uma sociedade Amigos de Bairro, na Rua José Osvaldo, no Rodrigues Alves, mas não deu certo apesar do aluguel ser compatível com o orçamento dos fieis, más tinha que fazer muitas reformas, não tinha dinheiro para isso.

Foram feitas várias sessões, reuniões espirituais na sala de casa da Dona Natalia para arrecadar fundo para o Terreiro e muitas vezes com ajuda e a presença da Bàbá Dona Teresa (avó do Raphael) e colaboração de outros Bàbálàwos e Bàbá de Umbanda.

Vendo o sacrifício dos freqüentadores de seu filho Dona Natalia sugeriu para que construíssem o terreiro numa parte da frente em cima do Salão comercial de onde moravam é que na sala da casa já estava muito pequeno.         

Com vontade e muita fé a dona Dirce e a Sueli Ap. Banzatto fizeram um empréstimo e com a colaboração de alguns adeptos construirão um salão de 7 x 8 (56m²) na área cedida pela mãe de Waldo.

Mal acabado e a vontade de fazer a sessão espiritual em nova sede. O primeiro culto foi em: 17 de Maio de 1975, Sábado às 20h: 00, sendo a data de Fundação 16 de janeiro de 1974. Data esta em que foi a primeira vez que Cabôclo (Pena Branca) hoje Indaiassú pegou a cabeça de Waldo (16.Janeiro.1966).

Passaram-se 8 (oito) meses quando com mais experiência espiritual e com amizade do Ògá Silvio de Nàná e a Iyawo Almerinda de Oyà hoje falecidos levarão Waldo para iniciar-se no Ilè de Oxossi Caboclo das Mata Virgem do Bàbálórísà Adolfo de Òsóòsì no Bairro de Cumbica Cidade de Guarulhos-SP, na Estrada de Nazaré, hoje desapropriada (aeroporto internacional de Cumbica - Guarulhos).

Waldo aos vinte e dois (22) nos de idade se recolhia para iniciar-se no Òrìsà em 10 de janeiro (sábado) às 20h:30 ficou até 06 de março de 1976 (sábado)  data que foi a saída de iyawo.

Fizeram parte da sua iniciação: Bàbálórísà Adolfo ty Òsóòsì, Pai Pequeno Jadir de Ògún, Mãe Pequena Candelária de Oyà, Jibonan Dosanjo de Òsún, Àsógùn Luiz ty Ògún, Iyàlórísà Corina ty Ògún de Sepitiba-RJ e madrinha de Nome (Orùnkò) Iyàlórísà e Egbonme Odete ty Òmúlù da Vila Maria Baixa.  

No dia 09/04/1976 (Sexta feira) por vitima de atropelamento na Rua Ataliba Vieira, com Rua Olegário Piedade, Vila Medeiros, falecia a Rombona da casa de candomblé de Cumbica Omerinda ty Iansã, e no dia 14/08/1976 o Iyawo Waldo ty Òsóòsì tira o kelè com a Iyàlórísà Durvalina ty Òsún, após cinco meses e doze dias de iniciado.

Após a caída de Kélè a casa de Candomblé de Pai Waldo ty Òsóòsì foi registrada com o novo nome: "ILÈ DE ÒSÓÒSÌ" Ilè Àsè Òkè Bábà Ode Aperan – SP, Rua Criscíuma, 1492 - Jardim Brasil - SP - Cep: 02225-001 e recolhia (5) cinco iyawos.  Em 12/10/1977 foi oferecida uma oferenda para caboclo pelo Bàbálòrìsà: Raimundo Nonato dos Santos (Mundinho ty Òsún) junto com o Pai Pequeno da casa Ademir Batista de Andrade (Catito ty Oyà) foi quem soube primeiro o nome do Caboclo Pena Branca que a partir desta data, passou a chamar-se CABOCLO INDAIASSÚ DA MATA VIRGEM.

E também foi incorporado junto ao nome da casa em homenagem ao caboclo e que se passou a ser a nova Razão Social da entidadeà "ILÈ DE ÒSÓÒSÌ" Ilè Àsè Òkè Bábà Ode Aperan e Abassá Cabôclo Indaiassú – SP.

Em 14/01/1978 foi o primeiro toque em saudação ao nome do Caboclo Indaiassú e Fundação: "ILÈ  DE ÒSÓÒSÌ" Ilè Àsè Òkè Bábà Ode Aperan e Abassá Cabôclo Indaiassú – Capital – SP.

Pai Waldo e seu amigo Catito ty Oyà foram trabalhar no Banco Bradesco agencia 095 - Nova Central Av. Ipiranga Vila Buarque e quando tudo ia bem profissionalmente e espiritualmente no dia 26 de junho de 1979 (quinta feira) por hemorragia no esôfago já internada as uns 20 dias no Hospital Presidente no Tucuruvi – SP, falecia a Natalia Maria da Silva aos 52 anos de idade a mãe de Pai Waldo ty Òsóòsì.

Uma perde incalculável na vida deste rapaz que desestruturou toda a sua vida naquele momento, sua mãe era a pessoa que dava todo apoio e incentivo na sua Religião (Candomblé) foi uma grande perda não só para a religião como para Pai Waldo. Deste dia em diante os seus caminho tomarão outro rumo, abandonava seus filhos de santo e a sua religião revoltado por achar que os Òrìsàs tinha o traído pela morte de sua progenitora.

 Por não ter mais apoio e a força da mãe, sua vida não tinha mais sentido de continuar, foram momentos muito difíceis quem jamais desejaria a ninguém esta perca.

Cinco (5) anos depois do falecimento de sua mãe, em 23.04.1984, Pai Waldo ty Òsóòsì foi demitido do Banco Bradesco. E no dia 26/05/1984 (sábado) o reencontro da família do Ronaldo, Mãe Dulce Monti, Pai Ernesto Perez, Irmão Renato Cássio Perez e Irmão Rosana Monti. 

Em 12/10/1984 tomava Eborí Ronaldo Monti na casa de Candomblé de sua filha de Santo, Tozinha de Òmúlù, na Rua Sodré e Silva no Jardim Brasil e ai foi que tudo na vida de Pai Waldo ty Òsóòsì começa a mudar, este rapaz de apenas 15 anos de idade ingênuo e molecão incentivou Pai Waldo a dar continuidade à vida e na religião mostrou o quanto era importante na vida das pessoas. O apoio deste adolescente e a amizade e a sua fé foi dai em diante que veio a vontade de Pai Waldo ty Òsóòsì voltar e levantar a cabeça para começar tudo de novo. 

Em novembro de 1984 em uma represa na Cidade Mairiporã-SP conhecido como canal ou prainha, Pai Waldo foi convidado pelos Paes do Ronaldo e seu tio, a fazer um pic-nic na beira da represa. Foi quando uma força tomava conta de Pai Waldo, sem saber nadar pulou na água da represa para ajudar retirar o Ronaldo que estava se afogando naquele momento em diante Pai Waldo percebeu o quanto "Ronaldo" era importante na vida dele, e até hoje Ronaldo tem Pai Waldo uma gratidão em todas as vezes que se lembram daquele episódio.  

No carnaval do ano 1986 Pai Waldo foi convidado pela amiga da Iyawo Odisséia Yemòja, Cristina e Rui Nogueira a participar de um curso de Yorubá provido pelo Governo do Estado de São Paulo em parceria com "USP" Universidade de São Paulo na Cidade Universitária. Curso com duração de dois anos, com o Professor Nigeriano Obatoiyn. No mesmo ano em 26/04/1986 Ronaldo ty Òlóògúnèdé se iniciava com o Bàbálórìsà (ARMANDO NOGUEIRA) Òyà Otologi. No Ilè de Òsóòsì – Ile Àsè Oke Baba Ode Aperan - SP

Em 21/10/1989 (sábado) no Ilè Maroketú Àsè Òsún – (Àsè Portão) Muritiba – BA da Iyàlórísà e Oiye Mãe Jujú ty Òsún, bairro Vila Iva (Sapobemba-SP), Pai Waldo ty Òsóòsì tomava seus Sete anos Deka e Oiye e recebia o titulo de Aworo sacerdote dos Òrìsà.

Nos anos seguintes 1993, Pai Waldo recebeu outra noticia que lhe abalou muito por insuficiência respiratória o falecimento do seu querido e amado Bàbálórísà Armando Nogueira Pai Oyà Otology, homem de coração nobre e de boa índole um amigo e companheiro e querido e amado por todos que o conhecia. Pai Waldo até nos dias de hoje agradece ao Òrìsà pôr ter conhecido esta pessoa incrível e inesquecível.

Já sem um apoio direto de seu pai de Santo (Oyà Otology), Pai Waldo se sentia no Àsè sozinho sem segurança, mas sua mãe de santo Iyàlórísà Mãe Jujú o fez levantar novamente sua cabeça para continuar a sua vida de sacerdócio junto aos Òrìsàs.

23 de Julho de 1994 no fim do toque e uma saída de Iyawo da Hilda Almeida de Jesus (Ode) foi anunciado pelo próprio Bàbálòrìsà Waldo ty Òsòósì que não mais tocaria mais Candomblé no Barracão da Rua Criscíuma, no Jardim Brasil. A partir do dia 08/08/1994 segunda feira, Pai Waldo abriria uma empresa chamada – INFORWAL – Waldu's Comércio Ltda. Sendo seu sócio Ronaldo Monti Diretor financeiro e seu filho de Santo Daltair Vieira como Gerente de Telemarkng.

Já em 1996, Manolo e Esposa amigos de Pai Waldo e Pai Ronaldo, convidaram para conhecerem sua casa de praia no Estado do Rio de Janeiro na cidade de Saquarema região dos lagos Bairro Bacaxá.    

Pai Ronaldo e Pai Waldo foram conhecer a cidade de Saquarema voltaram impressionados, pela beleza do lugar e de toda região dos Lagos principalmente a Cidade de São Pedro da aldeia e Cabo Frio, onde sua filha de santo Cosmerinda (Tozinha) de Òmúlù estava morando.

A egbonme Cosmerinda do Òmùlù incentivou muito seu pai santo, Pai Waldo e Pai Ronaldo a comprarem um terreno no mesmo loteamento no Bairro Campo Redondo na cidade São Pedro da Aldeia na mesma Região.

“Pai Ronaldo ao ver o loteamento comprou dois lotes e um doou para Pai Waldo, para construir uma nova casa de Candomblé,”. E assim terei o meu sonho realizado, se Òsóòsì quiser disse: - Pai Waldo.  Em 25/05/97 deu nome a nova casa de candomblé passou se chamar REINO Ty ÒSÒWÚSÌ - Omo Alàketù Ilè Àsè ty Òlóògúnèdé – RJ "Àsè Kyeowjì”, em homenagem ao Òrìsà de Pai Ronaldo.

Em 26 de Fevereiro de 2000 (sábado) já construído uma parte da casa de Candomblé, foi realizado o 1º toque ao Caboclo Indaiassú com vários filhos de santo e outras pessoas presente, para conhecerem a nova Roça de Candomblé na Cidade de São Pedro da Aldeia, região dos lagos no Estado do Rio de Janeiro.

Comparecerão: Pai Ronaldo ty Òlóògúnèdé, Raphael ty Ode, Dirce ty Oyà, Dinho ty Ògún, Fernando ty Lògún Edé, Tico ty Ode, Sérgio Pereira de Ode, Nice ty Òsún, Panela ty Oyà, Paloma ty Yemòja, Paola ty Òsún, Cosmerinda ty Òmùlù, Carlos ty Sàngó, Selma ty Oyà, Telma ty Òmùlù e outras visitantes da redondeza e vizinhos.

Ao decorrer do toque o caboclo Andarassú e Indaiassú deu cargo: Pámela ty Oyà, Selma ty Oyà, ambas Èkèdjì de Raphael ty Ode.  E Carlos ty Sàngó com o cargo Bàbá-però da nova casa, e confirmado o Cargo de Pai Pequeno da nova Roça do Rio de Janeiro, para Raphael ty Ode filho de Pai Waldo.

           No dia 28 de maio de 2005 (sábado) "REINO Ty ÒSÒWÚSÌ” - Omo Alàketù Ilè Àsè ty Òlóògúnèdé * Àsè Kyeowjì - SPA – RJ, Pai Raphael ty Ode, toma (ODU-IJE) 7 anos, Deka, Oiye e Posto Bàbálàsè o primeiro Oiye na Roça já construída, dados pelo Bàbálórísà, Awòró  e Olóiyè: Waldo ty Òsóòsì no "Àsè Kyeowjì”.

Com a ordem de “Ode Kyeowji Aròdéawà”, Òrìsà e patrono da casa, a partir deste dia herdeiro Iyàlásè Yasmim ty Oyà do trono de Ode, juntamente com Kèkérè-Awo e Olòiyè: Pai Ronaldo ty Òlóògúnèdé.

Palavra de Pai Waldo ty Òsóòsì à Não quero que meu Àsè acabe, e que seja dada a continuidade de tudo que aqui deixar, a partir desta data, que seja respeitado pelos os dois e pôr todos aqueles que em mim confia. E para todos aqueles que o Òrìsà Ode Kyeowji Aròdéawà, de seu Àsè e a continuidade de uma vida cheia de felicidade e amor e união e os ensinamentos e respeitar tudo deixado por mim. Alàfiá.

Não descriminar, não atacar outras religiões mesmo que elas não te compreendem a sua fé, seja fiel aos Òrìsàs, e aos seus ensinamentos. Eles não sabem o poder dos Òrìsàs, a cada ataque ferindo a sua fé. (FELIZES SÃO AQUELES QUE COM SUA CRENÇA, RESPEITA A FÉ ALHEIA MESMO COM FILOSOFIA E DEUSES DIFERENTE).    

Todo o meu sucesso e a minha caminhada eu só tenho que agradecer as pessoas durante todos estes anos que conhecerão as minhas luta, o meu passado e participam, até hoje de todos os meus passos e ideais. Graças também a você que leu esta biografia, possa entender a grandeza da união de todos juntos em um só objetivo de fé e de esperança. E vocês são tudo de bom que Ode me presenteou em toda a minha vid

       Em 02/11/2011, na cidade do Córrego do Bom Jesus (Sul de Minas, Região de Cambui) estado de Minas Gerais. Foi inaugurado na chacará "ALDEIA ESTRELA MAIOR * Abassá Caboclo Indaiassú - MG, mais uma casa de caboclo do Ase Kyeowjì. administrada por, Pai Waldo ty Osooosi, Pai Ronaldo ty Òlóògúnédè. Mãe Nice ty Òsún e Sergio Roberto Pereira. (somente samba de caboclo). 

Principalmente Sergio Roberto Pereira, Valdenice Daniel Ferreira, suas filhas Pâmela, Paloma e Paola, meus amores Ronaldo Monti e Yasmim soler, Diego José Silva Sansão, um filho amada Rafael Araujo (Pai da Yasmim), Maria Ivone Soler, (mãe de Yasmim) e minha família meus irmãos (biológico) apesar de muitas vezes sentir sua descriminação por alguns de meus familiares direto pela escolha que tive com minha religião, mas eu o respeito todos eles mesmo assim, que Òlódùmáré (Deus supremo) cubra a todos com seu mato sagrado.

E muitos outros que estiveram ao meu lado no anonimamente que sabem que também fazem parte desta historia que ficará gravada na memória de todos que me conheceram.   

Esta biografia só foi possível por causa de todas as pessoas aqui mencionadas, uma por ter me gerado (Natalia) e por ser o homem que sou hoje. O outro por me amar, apoiado e ter acreditado em um sonho e segurado as minhas mãos nos momento mais difícil da vida (Ronaldo). E o outro não importando o sangue que corre na veia como fogo, (Rafael) mas de um coração que bate continuamente lado a lado para ficar junto de um amor biológico, e de esperança de uma vida melhor, e pôr ouvir de sua boca tão pequena me chamar de Vovô. (Yásmim)

 Nasce em uma sexta-feira as 10h:10 da manhã, do dia 29 de outubro de 2004, no HOSPITAL São Cristóvão da Mooca - SP, a continuidade de uma nova vida cheio de esperança, e uma nova era (Yásmim ty Oyà). Já é o futuro de uma nova geração. Em nome de “Ode Kyeowji Aròdéawà”, (O caçador sacrificador tem o poder e a força dos chifres para nos livrar dos males que existe entre nós), assim é terminada esta biografia.

 

                                                              Ode bàcífùwò... Alàfiá...

 

 

Àkúnlèyàn òun ní àdáyébá.

Que as pessoas adorem de joelhos as coisas do céu, para encontrar coisas boas na terra.