* INICIO DO ASE KYEOWJI 

* Sao Paulo * Capital

Candomblé e a suas atribuições

No ano de 1965 aos 12 anos de idade a vida de Pai Waldo ty Òsóòsì, começava a mudar, e foi quando começou a ter os primeiros sintomas espirituais. Meses depois tomava o seu primeiro Ebòrí, (dar comida a cabeça) com a Iyàlórísà Maria José Òsún (falecida), no biquinha, Praça da Alegria Vila Maria Alta (hoje Praça Cianorte) na São Paulo Capital.

À primeira experiência espiritual de Pai Waldo, foi aos 12 anos de idade em (16/01/1966) São Paulo caboclo Pena Branca (hoje Indaiassu) pegava sua cabeça pela primeira vez. No ano de 1968 quando foi convidado pela Dirigente Espiritual Centro de Umbanda a Bàbá Dona Nair de Yemòja (Caboclo Jupira), a ser Pai pequeno da sua Tenda Espírita de Umbanda Cabocla Júpira, situada na Rua Criscíuma, 1100 no Jardim Brasil, zona norte na Capital Paulista.

Aos 18 anos com apóia da dona do terreiro Umbanda, já tomava a frente da casa com mais 60 filhas de Santo de Umbanda. Anos de dedicação e amor a o Terreiro de Umbanda Cabocla Júpira; e por desentendimento com a mãe pequena da casa Dona Marina de Iansã, Pai Waldo resolveu pedir demissão, mas deixou no seu coração na casa e um bom relacionamento e com todos aqueles que o admirava.

Pai Waldo, já com seus novos seguidores que o acompanharam, começou a fazerem os cultos espirituais, na sala de sua residência cedida gentilmente por sua mãe biologica Dona Natália. 

E foi dado como fundação à data de 16/janeiro/1974, como inicio o nome de "Tenda Espírita de Umbanda Pai José de Angola e Cabôclo Pena Branca". Mas não chegou a registrar a casa e o nome.

Com a colaboração e apoio dos novos colaboradores e das suas filhas de Santo e principalmente Suely Aparecida Banzatto e Dirce Pereira, e com muito entusiasmo, resolverão procurar um outro local para os cultos espirituais, na sala o lugar estava pequeno para tanto adepto e freqüentadores. 

Então foram a procura de um local que fosse apropriado e compatível para abrigar os filhos de santo, e os fieis que o seguia. A mãe de Pai Waldo, Dona Natália preocupada cedeu uma área de 7x8 mts, para construção do novo Terreiro, a onde começaram a construir.

Em maio de 1975, inaugurava a nova sede e com nova Razão Social, que se passaria a se chamar: Ilé do Oxossi Cabôclo Pena Branca e Mamãe Oxum.

Neste mesmo ano Suely Aparecida Banzatto (Bèssén), Sandra Regina Pereira (Òsún) e Guilhermina (Òsún), Neno Òsògyián junto com Roberto Sàngó esposo da Guilhermina Òsún tomava Ebòrí  na casa. Este foi o primeiro Bori dado por Pai Waldo.

Pai Waldo se iniciava no candomblé

Em 10 de janeiro de 1976, (sábado de verão) já funcionando à casa de candomblé, reunia-se todos os filhos de santo e amigos para comprimentar e desejar boa sorte para Pai Waldo, pela sua nova etapa em sua vida espiritual, que iria recolher-se para se iniciar-se ao Òrìsà (candomblé). 

Presente, sua família (mãe) Natália Mª. Silva (1927) e irmãos Avacy G.Silva (1954), Paulo G.Silva (1956) e Dulce M. Silva (1958) e amigos e filhos de Santo e admiradores, Dirce Pereira (1941), Sueli Aparecida Banzatto (1953), José Floriano Pereira (1937), Sérgio Roberto Pereira (1963), Sandra Regina Pereira (1960), Orivaldo Banzatto Filho (Neno) (1957), Herondina (Dina) (1954), Wilson Galvão (1953), João Aparecido do Prado (1952), Waldomira Rabelo (1937), Marilsa Rabelo (1947), Clóvis, Manolo (1952), Efigenia, (1958) e amigos Roberto ty Òmúlù (1945), Catito (Ademir Batista Andrade) (1958), Paulo ty Yemoja (1958), Binho ty Sàngó (1958) e Silvio ty Nàná (1955), Ernesto Perez (1932), Aparecida Dulce Monti (1943), Rosana Monti (1967), Ronaldo Monti (1968), Renato Monti Perez (1973). Orivando Banzatto (1927), Nair Flanklin Banzatto(1928), Nanci Flanklin (1954), etc:...

Janeiro 1976, é chegada a hora de Pai Waldo ir para a Casa de Candomblé... O Ilè do Oxossi, Caboclo da Mata Virgem, na Cidade Jardim Cumbica, travessa da Estrada de Nazaré, na Cidade de Guarulhos-SP.

Já na hora de ir para Roça do seu zelador, com medo, Pai Waldo resolveu não recolher mais, desesperado não quis entrar no automóvel, saiu correndo feito louco pela Rua Criscíuma e descendo Av. Rolland Garros desesperado, e só foi pego na esquina da Av. Mendes da Rocha, no Jardim Brasil já virado no Iere (criança), pelo seu futuro irmão de santo Roberto do Òmúlù e Àsógùn Silvio de Nanã, e só foi acordado quando já chegando à Roça Candomblé em Cumbica.

Já na presença do seu novo Bàbálòrìsà: Adolfo ty Òsóòsì, Mãe Criadeira: Maria dos Anjos ty Òsún, Pai-Pequeno: Jadir ty Ògún, Àsógùn: Luiz ty Ògún e a Iyawo: Nazaré ty Ode e seus irmãos e Zezinho ty Òsún.

No outro dia após o desejum, a primeira coisa a ser feita, foi tirar o Orupim (Cabelo) do iyawo (Waldo), como os seus cabelos eram cumpridos por causa da moda dos Beatles, Raul Seixas, Os Incriveis, Elvis Plesley, Roberto Carlos (Jovem guarda)  e do iê, iê, iê ritimo da aquela ocasião.

Uns dos primeiros preceitos a ser feito a Pai Waldo, chamava-se Iere de Inkita, (ritual de Yere). após o término, o seu Bàbálórísà, como era de prache, o Iyáwò era leiloado, pelas pessoas presentes na casa de candomblé (como um tipo de cerimonia). E foi a rematado pela Egbònme Candelária ty Oyà da Cidade de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro, que a partir deste dia seria a sua Mãe pequena.

Passaram vários dias, neste período Pai Waldo se revoltou com o seu Bàbálòrìsà, e tive muitos problemas de adaptação e saúde na casa de candomblé. O seu Pai-Pequeno: Jadir ty Ògún e a Mãe criadeira Dozanjo ty Òsún, lhe dava muita a atenção, conselhos e muito carinho.

Após ter ficado recolhido pôr quase 90 dias, foi chegada a hora da saída pro nome (saída de Iyáwò como é conhecida) no sábado dia 06 de março de 1976 às 23h:00, uma semana após o carnaval e três dias após da quarta-feira de cinza. 

Uma caravana foi providenciada pela sua família de São Paulo à Guarulhos, para participarem da saída do Iyáwò. Grande foi à decepção! Quando o Bàbálórísà Adolfo ficou sabendo que a família do Iyáwò estava na porta da roça, foi proibida a entrada de todos os familiares, que vieram prestigiar a festa. Uma confusão se generalizou, formada um tumulto e por um mal entendido entre uma filha de santo da casa com a família do Iyáwò e o Bàbálòrìsà da casa.

Na Terça feira dia 09 de março de 1976, quando Dirce Pereira, José Floriano, Sandra Pereira e Sérgio Pereira, vieram buscar o Iyáwò e parecia que Pai Waldo tinha voltado de um coma profundo de tão esbranquiçado e abestalhado que estava.

Ao passar pela Via Dutra em frente à Editora Brasil em Guarulhos km: 218, (SP) ficou tão emocionado, começou gritar de felicidade por estar livre. Por estar de Kélè e de obrigação seu Òrìsà novamente o pegou e só foi acordar quando já estava na casa da Dirce, na Av. Nova Cantareira com a Av. Sezefredo Fagundes no Bairro do Tucuruvi – SP, onde ficou durante alguns dias.

Após vinte dias mais tarde Pai Waldo voltava para casa de sua mãe. Tanta foi à emoção ao recebê-lo de volta ao colo da sua progenitora, que tanto fez na sua vida, emocionada ao ver seu filho, fez diversas perguntas e triste por não poder ter participado de sua saída e nome do seu Òrìsà. 

De volta para casa, Pai Waldo, voltou a estudar e terminar o circulo fundamental no G.E.P.FRANCO no bairro da Vila Constança - SP. Por preconceito e por estar de branco e de Kele as pessoas olhavam e perguntavam por que estava daquele jeito. Para alguns dizia que era uma simpatia, e para outras, que tinha feito o santo no Candomblé.

Pai Waldo foi muito descriminado pelas pessoas, pelos seus amigos e pôr onde passava. E onde estudava e quase foi expulso por estar vestido de branco sem o jaleco (uniforme).  Mas não desistiu? Com muita batalha e por amor ao Òrìsà, sabia que iria suportar toda aquela, humilhação.

Há um mês após a sua saída do Rùnkò (quarto de santo), 10 de abril de 1976, as 12h:30 (Sábado) Pai Waldo, Catito (Ademir Batista de Andrade) seu irmão Avacy ty Ògún e mais algumas pessoas num dia nublado foram à serra da Cantareira buscar um tronco de arvore para colocar uma bandeira branca para sentar Inkice Tempo na nova casa de Candomblé na Rua Crisiciuma, 1492 - Jardim Brasil - SP.

Morte da Rombona e humilhação com Iyáwò

Já de volta da serra recebera a noticia que sua irmã de santo Omerinda ty Oyà a Rombona (a primeira iniciada) da casa de Candomblé do Bàbálòrìsà Adolfo ty Òsóòsì em Cumbica, teria sofrido um acidente juntamente com seu amigo Paulo de Yemòja, na Rua Ataliba Vieira, com Rua Olegário Piedade, Vila Medeiros - SP, por um caminhão desgovernado que descia sem freio.

Seus irmãos de santo preocupado com Iyáwò Waldo, por estar de Kelè, lhe pouparam de alguns detalhes e foram saber de mais noticias. Ai aconteceu o pior a Iyáwò e Rombona (Roça) Omerinda de Oya teria falecida ao dar entrada no Hospital e o abian Paulo de Yemònja passava bem, com algumas fraturas e escoriações nas pernas e no corpo. 

Desce dia em diante tudo começou a se complicar para Pai Waldo, o seu Pai de Santo, não queria mais tirar o kélè do Iyáwò Waldo. Motivo! Só tiraria depois que tocasse o Asèsé (Ritual fúnebre) da Rombona.

Já em Junho de 1976, foi marcado pelo Bàbálórísà Adolfo, o dia da caída de Kélè de Pai Waldo. O seu Pai (biológico) Iracy Gomes e o Catito foram até a Roça em Cumbica, Guarulhos em uma variante, levar o Iyáwò Waldo e os seus pertence, ao chegar foi recebido pelo Pai pequeno da casa Jadir ty Ògún.

Pai Waldo ficou na eni (esteira) no barracão, a espera do seu Bàbálórísà, fizeram-lhe várias perguntas e uma delas foi se Iyawo Waldo, tinha trazido akuè, akossi (dinheiro) para tirar o seu kélè, o Iyáwò desprevenido disse que não!

Em seguida Pai Waldo respondeu também que nada devia porque já tinha sido pago na feitura (iniciação). O seu Bàbálòrìsà olhou para o Iyáwò Waldo, em uma só palavra disse-o: - Então nada feito... não vou tirar o seu kélè? 

O Iyáwò desorientado olhou para o Catito não sabia o que fazer e disse: - O que vamos fazer agora para ir-mos embora sem dinheiro, sendo que seu Pai (Iracy Gome), já tinha ido embora, e só voltaria três dias depois para buscá-lo.

E com ironia Bàbálòrìsà Adolfo de Òsóòsì respondeu é problema seu?... Em seguida já foi saindo do barracão. Já passava das 22h:00 da noite! Pai Waldo olhou para todos que estavam presentes ali e pegou suas coisas e foi saindo.

Uma noite fria do mês de junho (24) quinta feira, noite de João, o Catito no caminho sem saber o que fazer comentava com o Iyáwò Waldo não tinha entendido porque o Pai de Santo Adolfo tinha feito aquilo.

Umas das suas irmãs de santo e seu Pai Pequeno constrangido pelo acontecido, escondido deu dinheiro para o Catito para poderem voltar para São Paulo.

Ao chegar ao seu destino à mãe de Pai Waldo ficou indignada pela atitude de seu Pai de Santo, e durante a semana todos quem o conhecia lhe perguntavam: - você não tirou o Kélè ainda? Pai Waldo inventava mil e uma desculpas e mudava de assunto.

A Iyalòrìsà Durvalina de Òsún (Ile Ase Òsún Oro) do Jardim Brasil e a Dofona de Esu, (Clemilda de Santana) conhecida como Dofona do Soroke do Parque Edu Chaves, ficaram sabendo mandou chamar imediatamente Pai Waldo e lhe oferecerão ajuda para tirar o seu kélè.

Teimoso... e passarão vários dias Pai Waldo voltou novamente à casa de seu Pai de Santo em uma saída de Iyáwò (Nádia de Oya) ao chegar todos ali presentes olharão para ele e pensavam que já tinha tirado o Kélè em outra casa, principalmente o seu Bàbálòrìsà Adolfo.

Pai Waldo chegou de calça branca e com uma camiseta branca, como estava muito frio, usava uma blusa vermelha tipo caxaréu de gola alta com umas faixas branca e azul marinho, pôr cima da camiseta branca.

Ao louvar Òsóòsì (ode), Pai Waldo entrou na roda e no sire foi pedir benção ao seu Bàbálórísà e aos seus mais velhos ali presentes e continuou a participar do sire (ritual). Quando Ode se manifestou no iyawo Waldo, logo pegaram para vesti-lo o Òrìsà Ode, o Pai de Santo com sua ironia mandou (ode) Òsóòsì tomar banho de omi-erò (abô) (água sagrada), e quando a supressa. O Iyáwò ainda estava de kélè.

A pós o Òrìsà Ode ter tomado Rhun, (dança típica) no meio do barracão seu Bàbálórísà (Adolfo) fez um ser mão e excluio o Iyáwò Waldo de seu Asé ou seja de sua casa.    

Em agosto (1976) a Iyàlórísà Dofona ty Soroke (Clemilda de Santana) e Durvalina ty Òsún, novamente se propôs em ajudá-lo e chamou o Iyáwò para saber o que estava acontecendo. É que já se passarão mais de 150 dias e ainda o iyawo Waldo não tinha tirado o Kélè.

Indignada a Iyàlórísà Durvalina ty Òsún (Jd.Brasil), com toda a sua humildade resolveu tirar o kélè sem nada pedir em troca somente amizade, respeito ao Òrìsà e a família de Waldo. Em 14 de agosto de 1976 (sábado), foi à caída de kélè, com a presença, da Iyàlórísà Dofona ty Soroque (Clemilda de Santana), Bàbálòrìsà Wagner ty Òsóòsì do Imirim, Ògán Zé Paulo ty Ode, Ògá Carlinhos ty Ode, Francisco ty Póssun, Francisco ty Òsàlà (Asé Wagner do Imirim), Ògá Ajenica, Bàbálòrìsà Oya Ofurange, Bàbálòrìsà Marquinhos da Jurema, Bàbálòrìsà Oya Otology (Vila Guarani), Bàbálòrìsà Oya Otalagi (Baurú), Iyalòrìsà Maria José ty Òsún (Vila Maria), Iyàwó Dofono Francisco ty Bessem (Pernilda Guarulhos), Iyàwó Dofono Lúcio ty Òsún (Vila Constancã), Iyàwó Catito ty Oya (Vila Medeiros), Ògá Avacy ty Ògún (Jardim Brasil), e vários amigos, como: Binho ty Sàngó (V. Medeiros), Ògá Cidão ty Ògún (Santana), Ògá Diva ty Omolú (Vista Alegre), Iyàwó Iyàmiraleci (Jd.Japão), Bàbálòrìsà Moacir ty Ògún (Guarulhos), Paulo de Yemòja (V.Medeiros), Bàbálòrìsà Valdir ty Bèssén (Vila Ede), Reinaldo ty Ode (zona Oeste), Pilica ty Ode (Vila Ede), Bàbálòrìsà Washington ty Òmùlù (Parada Inglesa) e muitos outros etc:...

Após a caída de kélè de Pai Waldo.

Inicio com o nome  “Àsé Kyeowjì” – Ilè Àsè Òké Bàbá Ode Aperan e Abassa Caboclo Indaiassú

No dia 16 de Agosto de 1976, (segunda-feira) Pai Waldo ty Òsóòsì recolhia (4) quatro Iyawos, Antônio Brandão ty Òsògyán, Francisco ty Oya, Pedro ty Ode e Robertinho da Òsún.

Nesta época Pai Waldo, trabalhava como Auxiliar de analista de crédito em uma empresa de crédito pessoal (AUDI) e tinha outra atividade, era (diskjokei) Djei em uma discoteca nos fins de semana no Salão de Festa Hawai na Vila Medeiros - SP. (Av. N.Sª do Loreto, 1050)

Em uns destes fins de semana ao chegar à casa de madrugada, após um dia exaustivo de trabalho, lá estava a sua mãe Dona Natália lhe esperando para dizer que os Iyáwòs tinham fugido! E no Runkó, só estava o Iyáwò Pedro de Ode de apenas 11 anos de idade.

Desorientado Pai Waldo mesmo de madrugada, saiu atrás dos Iyáwòs, e só conseguiu trazer de volta os Iyáwòs Antônio Brandão ty Òsògyán, Francisco Cândido ty Iansã e Robertinho da Òsún não quis voltar.

Os Rombonos da Casa (quer dizer filhos que deram inicio de um novo Asé) Dofono Antônio Brandão ty Osogyian, Dofonitinho Chiquinho ty Oya e Fomo Pedro ty Ode, saída do nome (Sábado) dia 09 de outubro de 1976.

Pai Waldo era uma pessoa muito dedicada aos Òrìsàs e de temperamento forte, e por ser uma pessoa no santo muito atrevido, prestativo, responsável e dedicado por tudo no que fazia. Pelo seu jeito desposado e audacioso os seus mais velhos lhe chamavam de Ere Egbònme (criança brincando de Pai de Santo) este era o titulo que ele recebeu de seus mais velhos, não por sua idade (22 anos), mas por seu estilo e por novo de iniciado (sete meses) no Àsé, para conduzir uma casa de Candomblé naquela época. Pai Waldo ty Òsóòsì já era considerado pelos filhos de santo e pelos grandes nomes consagrado na época.

E para prestar homenagem aos grandes

Bàbálórísàs e Iyàlórísàs (1976).

Pai Vavá Negrinha - BA, Waltinho ty Iròkó - BA, João ty Òsún da Baixada Santista - SP, Bàbálòrìsà Ode Tutie (Vivaldo Lògúnede São Vicente - SP), Bàbálórísà Pai Bobo (Baixada Santista - SP), Bàbálòrìsà Oronin Undeime Jd. São Clímax - SP, Tatá Pércio ty Sàngó (do Batistine S.Bernardo do Campo - SP), Bàbálòrìsà Caio Arantes ty Sàngó, (Ilè Ache Obà Cidades Vargas - SP), Bàbálòrìsà Camarão (Mairiporã - SP), Iyalòrìsà Mona Kisinbe (Cocáia Guarulhos - SP), Bàbálòrìsà Gabi (Vila Gustavo SP), Pai Bahiano Waldemiro ty Sàngó (ainda tocava Ifòn Parada Inglesa - SP), Bàbálòrìsà Alvinho RJ, Iyalòrìsà Moboazazi (Saúde - SP), Bàbálòrìsà Robertinho ty Òsún, (Tremembé - SP), Bàbálòrìsà Pai Nezinho ty Ògún Moritiba-BA (tinha falecido a pouco tempo), Iyàlórísà Jujú ty Òsún (Vila Iva Sapopemba - SP), Tata Joãozinho da Goméia, (tinha falecido), Bàbálórísà Cajaidê, Bàbálòrìsà Diniz ty Òsún (baixada Santista SP), Bàbálórìsà Zé ty Òsóòsì (B.Tranquilidade Guarulhos SP depois Cangaiba e mudou-se para S. Miguel Pta. SP).

Meus inesquecíveis e queridos Amigos

E grandes Bàbálórísà, Iyàlórísà, Iyàróbà (Èkèdjì ), Ògás e Egbònmes 1976 

Meu inesquecível e amado Bàbálòrìsà Oya Otoloji (São Judas SP), Iyalorisa Odete ty Omolu Vila Maria (madinha de nome de Pai Waldo)  Bàbálòrìsà Wagner ty  Òsóòsì (Vila Izolina Mazzei e depois mudou para Imirim SP), Bàbálòrìsà Oya Otalagy (Vila Maria e depois mudou para Bauru SP), Bàbálòrìsà Marquinhos da Jurema (Vila Maria SP), Iyalòrìsà Maria José ty Òsún (Rua Guaranésia,Vila Maria SP), Bàbálòrìsà Oya Ofurange Jd. Brasil SP e depois mudou para V. Gustavo, Iyàlórísà Dona Raimundinha ty Òmúlù (Vista Alegre Vila Maria SP), Bàbálòrìsà Joãozinho ty Bèssén (Jaçanã SP), Iyalòrìsà Durvalina ty Òsún (Òsún Oro Jd. Brasil SP), Iyalòrìsà Dofona ty Xoroque (Pque Edu Chaves SP), Bàbálórísà Eduardo ty Òlóògúnèndé do Cambuci SP, Bàbálòrìsà  Bartolomeu (Ode Simocã Vila Sabrina e depois mudou para R. Benfica no Jd.Brasil), Bàbálòrìsà Kamussuan (Vila Mazzei SP), Bàbálòrìsà Mundinho ty Òsún Ominire BA (Tucuruvi SP), Bàbálórísà (José Bonifácio) Boni de Cafúnge (Jd.Brasil SP), Iyàlórísà Silvia ty Òsún (Tucuruvi SP), Iyalòrìsà Cajainã (Ponto da Pipoca SP), Bàbálórísà Washington ty Òmúlù (Parada Inglesa SP), Iyàlórísà Ada ty Òmúlù (Vila Mazzei SP), Bàbálórísà Cidehuà (Tucuruvi mudou Jova Rural SP), Bàbálòrìsà Nanokue do Jd. Tremembé SP, Bàbálòrìsà Zé Mauro ty Ode (ainda na Vila Rosa e depois mudou para Rua do Café Vila Guarani SP), Iyalòrìsà Antônia Fomo ty Òmúlù (Vila Ede filha de Zé ty Òsóòsì), Iyalòrìsà Coderonã (Vila Leonor e depois Atibaia), Bàbálórísà Ivan ty Òlóògúnèdé Tucuruvi, Bàbálòrìsà Hélio Festa ty Òlóògúnèndé (Vila Maria), Bàbálòrìsà Adalberto ty Sàngó (Parada Inglesa) Paulo Adolfo ty Òlóògúnèdé (Vila Medeiros filho de Oya furange), Iyàlórísà Odete ty Ògún (Vila Penteado), Iyàlórísà Oya Dile Vila Maria e depois Jardim Maria Dirce Guarulhos, Iyàlórísà Dona Ide (Vila Medeiros), Bàbá Mauro Bessen (costinha) do Caboclo Sete Flécha, Vila Medeiros, Binho ty  Sòngó Vila Medeiros, Paulo ty Yemòja Vila Medeiros, Egbònme Olinda ty Bèssén filha de Luciene, Bàbálórísà Marcos ty Ode Cidade Líder, Marquesinha ty Òsún Filha da Ada, Dofonitinho (Renatinho) de Karere filho da Ada, Bàbálórísà Ailton ty Ògún Jd. Tremembé, Egbome Gilsa ty Oya do Mandaqui, Bàbálórísà Toninho ty Òsún (cocota) Vila Zilda hoje esta na Vila Rosa, Ninão ty Oya (Jd.Brasil), Iyalòrìsà Socorro ty Oya (Jaçanã), Bàbálórísà Josimar ty Oya Parque Edu Chaves, Iyàlórísà Nena ty Ògún Parque Edu Chaves, Bàbálórísà Oba Munkanbele (Santo Amaro), Bàbálórísà Oba Xirelobi Santa Cecília, Egbònme Odeomifaunde Santo Amaro, Bàbálórìsà Francisco ty Bèssén (pernilda) Tranqüilidade Guarulhos mudou Pitangui - MG, Bàbálórìsà Lucio de Almeida (Luciene) ty Òsún Vila Constança, Egbònme Gelva ty Oya Vila Constança, Vodunce Nice ty Òmúlù (Babalú), Vodunce Bida ty Sòngó Jd.Brasil, Èkèdì Oya Funké da casa da Durvalina ty Osun, Èkèdì Zuleica (esposa Bàbálórísà Turquinho ty Ode), Èkèdì Cida ty Oya (casa de Cidewà), Valdir ty Bèssén Vila Ede, Pelica ty Ode Vila Ede, Ronaldo ty Ògún (Togunfanireja Lobi) (vila Constança), Ògá Ajenica (Vila Izolina Mazzei), Ògá Bolinha da Paulo Avelar, Ògá Getulio, Ògá Barriga da Vila Maria, Ògán Zequinha Vila Maria, Ògá Chuchu Vila Maria, Ògá Cidão ty Ògún (Boca de Ovo), Ògá Carlinho ty Ode (hoje Ase\Oxumare) Jardim Brasil, Ògá Zé Paulo ty Ode Jardim Brasil, Ògá Gató Vila Constança, Ògá Teia, Jardim Brasil, Ògá Zezinho ty Ode Vila Guilherme, Dorival ty Ode Jardim Brasil, Ògá Bene ty Sòngó Jardim Brasil, Ògán Bira da Jaupaci Jd. Tremembé, Ògá Diva ty Òmulù Vila Talarico, Bàbálórísà Ode mire (São João Guarulhos), Samberomi (vila maria) e muitos outros.

Meus irmãos de Santo: (1976)

Silvio de Nàná do Jardim Japão, Roberto do Òmúlù Praça da Alegria, Paschoal de Lògún Edé Vila Constança, Omerinda ty Oya Vila Medeiros e Iyàlórísà Ruth ty Oya da Rua Eli (Vila Maria), Iyàlórísà Egle ty Yemoja Cachoeirinha, Nazaré ty Ode Guarulhos e Maria ty Òsólufòn e etc...

 

Novas e antigas Casas de Candomblé (1976) - SP.

Zona Norte SP:
Pai Washington ty Òmúlù (Parada Inglesa), Pai Kamussuan (Vila Mazzei), Pai Mundinho ty Òsún (acabado de chegar de Salvador), Pai Oya Furange fundava a sua 1ª casa de Candomblé Rua Francisco Peixoto Bezerra Jardim Brasil (Ilè Asé Afro-Brasileira Oya Tope), Ile Àsé Namirewa da Mãe Zezé ty Nànábúrúkù Vila Izzolina Mazzei. Ilè do Ògún do Pai Ailton ty Ògún Jardim Tremembé, Pai Toninho ty Òsún (Kokota) Na Vila Zilda hoje Vila Rosa), Mãe Ada ty Òmòlú Vila Mazzei, Mãe Durvalina ty Òsún  (Ile Òsún  Oró) Jadim Brasil, Mãe Dofona de Esu, (Clemilda de Santana) conhecida como Dofona do Soroke Parque Edu Chaves zona norte - SP, Pai Helio Festa (Rua Eli) Vila Maria, Mãe Maria José ty Òsún Vila Maria, Mãe Angelica (Coderonã) Vila Leonor (Vila Guilherme) Hoje Cidade de Atibaia, Pai Marquinho ty Oyà (Rua Henrique Leitão) Vila Maria, Pai Oyà Otalagi (Vila Maria depois Bauru-SP), Pai Wagner ty Ode (ase Pai Vava Negrinha) Imirim, Pai Adalberto ty Sòngó (Ase Zé ty Osoosi) (Parada Inglesa), Tata Cidewa (Pari e Jova Rural), Mãe Nena ty Ògún Parque Edu Chaves), Pai Dogunssi (Vila Mazzei), Pai Robertinho ty Òsún (Jd.Tremembé), Pai Bartolomeu (Odecimucã) Vila Sabrina e depois Jd. Brasil, Pai Vava Negrinha ty Bessen (Santana), Pai Bahiano Waldemiro ty Sòngó (Parada Inglesa) e depois Curva da Morte Ermelino Matarazzo) e Cidade Duque de Caxias - RJ.
Zona Leste SP:
Pai Kaobakeci, (com seus primeiro Iyawos que tirou na Rua Tupi no Bairro das Perdizes, junto com seu irmão Pai Kamussuan e depois em (Artur Alvin) hoje Vila Curuça, Pai Waldomiro ty Obàlúwàiyè (Belenzinho), Pai Zé ty Òsóòsì (Tranquilidade Guarulhos depois Cangaiba e São Miguel Paulista). Mãe Juju ty Òsún Sapopemba, Pai Aniba de Itaquera, Mae Helena 7 diabos Vila Ré.
Zona Sul SP:
Pai Eduardo ty Lògún Edé (Cambuci), Pai Oronihundeime (São Climaco), Pai Obamukambele (Santo Amaro)
Zona Oeste SP:
Pai Ojalare (Pirituba), Pai Zenildo ty Bèssén, (jaragua)  
Grande São Paulo e Interior SP:
Pai Kabila (Barueri), Tata Percio ty Sòngó Batistini S.B.Campo-SP, Pai Turquinho ty Òsóòsì (Taboão Guarulhos-SP), Pai João ty Òsún (Baixada Santista), Ode Tutie (Pai Vivaldo) (Baixada Santista), Pai Bobo (Baixada Santista), Pai Dinis ty Òsún (Baixada Santista), Tata Camarão (Mairiporã) Pai Adolfo ty Ode (Cumbica), Mona Kesimbe (Cocaia), Tata Jitade (Gomeia) Mairiporã.

 

Dificuldades, desobediências, decepções e perdas.

A vida de Pai Waldo ty Òsóòsì continuava, com muitas dificuldades, tanto financeira como espiritual, sem experiência de vida, mas com o apoio de sua Mãe Natália, e seus irmãos Maria José, Avacy, Paulo e Dulce, e de um excelente amigo Ademir Batista de Andrade (Catito de Oya) foi o seu braço direito e 1º Pai pequeno da casa, sempre apoiando e ajudando em tudo que fosse possível até entrar em nosso meio o Pai Raimundo Nonato dos Santos, (Ominire) conhecido por todos como Bàbálórísà Mundinho da Òsún chegado de Salvador. 

Em janeiro de 1977 o Bàbálórísà Mundinho de Òsún já fazia parte da vida e dos seus familiares e foi morar na casa de Pai Waldo durante uns meses, Pai Waldo resolveu dar sua obrigação de Ano, com Bàbálòrìsà Mundinho, e foi quando tudo começou a dar errado ainda mais em sua vida.

Só que o Òrìsà Ode de Pai Waldo não aceitou a obrigação das mãos de Mundinho, mas mesmo assim foi oferecido um agrado para Òrìsà para pedir misericórdia, contrariando a vontade de Ode, foi dada uma festa no mês de maio de 1977 em saudação a Òsóòsì, deste dia em diante a vida Pai Waldo e sua família não andaram.

Não pôr causa da mão do Bàbálòrìsà Mundinho da Òsún, mas pôr desobediência e teimosia de Pai Waldo pôr contrariar Òrìsàs Òsóòsì de seu Orí (cabeça), que não estava satisfeito, não pôr causa que tinha oferecido! Pelo contrariando por dos desrespeito as ordens do seu Òrísà.

Por causa de tudo isso começou as conseqüências e as desavenças em sua família, em casa, o desentendimento com o amigo e Pai Pequeno da casa Catito de Oya não aquentou tanta humilhação e foi embora da casa de Candomblé.

Inexperiente sem um apoio espiritual e de seu amigo Catito de Oya e de seu Bàbálórísà (Adolfo Òsóòsì), fazia tudo que vinha na cabeça sem importar com as conseqüências e não importando o que poderia acontecer sem importar com qualquer pessoa que dissesse alguma coisa que o contrariasse.

Quantas vezes Pai Waldo enganou-se! Se tivesse ouvido seu amigo Catito a sua mãe (Dona Natalia) e seu próprio Òrìsà, as iyalorisas: Durvalina de Osun e Dofona do Xoroque (Clemilda de Santana), muita coisa em sua vida poderia ter tomado outro rumo e tudo poderia ser muito melhor!

O Bàbálòrìsà Mundinho da Òsún ainda participou de algumas iniciações de Iyáwòs da casa e foi Pai pequeno da iniciação de Lázaro de Òsún, caída de kélè de Arismar de Òsún, confirmação da Èkèdjì Edina de Oya, Iyáwò Parnays de Lògún Edé, Lindaura de Obàlúwàiyè e Suely de Bèssén.

Pai Waldo se achava maioral, o sabedor, e um grande Bàbálòrìsà, só que tinha se esquecido de uma coisa a humildade, são coisa que não se compra, mas se adquire com o tempo, ser humilde era coisa que Pai Waldo não sabia o que era. 

Não satisfeito, querendo fazer uma grande festa para Òrìsà Òsún e dar o seu primeiro Ipètè (não tinha idade de santo suficiente para colocar Ipètè no Orí (cabeça) e muito menos rodar o Ipètè na sua casa.

Mal informado se achava o dono do saber (Pai Waldo), ai que novamente o Òrìsà lhe deu uma nova lição e esta foi inesquecível e marcou a sua vida de Santo até hoje.

Em março de 1978 o seu irmão biológico Paulinho, deu uma cabra para presentear o Òrìsàs, novamente Pai Waldo chamou o Bàbálórísà Mundinho de Òsún para dar oferenda ao Òrìsà Òsún. Grande foi a sua supressa... Depois de tudo já arreado no Runkó e os preparativos da festa em andamento o Bàbálòrìsà Mundinho da Òsún chega até Pai Waldo e lhe pergunta: - Waldo você tem alguma outra pessoa que possa tomar rhun e vestir Òsún e rodar o Ipètè no Orí.  Pai Waldo respondeu: - Sim?  Tenho o meu seu filho de Santo Lázaro da Òsún.

Mundinho deu uma pausa e olhou para os lados e respondeu! - Então é melhor você só vestir o santo do Iyáwò, mas não rodar o Ipètè no barracão o Iyáwò (Lazaro ty Osun) não tem idade suficiente para rodar Ipétè no barracão. 

Pai Waldo perguntou por quê? – Hà um problema? Mundinho respondeu meio encabulado: - Sim? Houve e muito grave? – É! Disse Mundinho: - Quem respondeu no seu Orì e comeu no Ibá no Runkó foi Oyà e não Òsún... como voce queria!

Pai Waldo olhou para o Pai de Santo Mundinho ty Òsún balançou a cabeça e nenhuma palavra foi dito naquele momento.

Como testemunha estava presente a abian Maria Helena Francisco da Òsún filha da dona Lenar e Irmã da Egbònme Elza Yemòja filha de Pai Waldo. 

Pai Waldo, continuou parado feito estátua e nada responde...  Já tudo pronto para a festa e ser homenageada o Òrìsà Òsún, o Òrìsà de sua adoração, desnorteado e desapontado pôr tudo que estava acontecendo naquele momento Pai Waldo ty Òsóòsì disse:- Não haverá Candomblé! Como era esperado, o seu sonho de Òsún pegasse a seu Orí (cabeça) tinha ido de água abaixo e as suas esperanças de rodar com Òsún um dia tinha acabado naquele momento. 

Deste dia em diante e até hoje a paixão por Òsún é obsessão e coisa fora do normal, mas Pai Waldo não perdeu a esperança, começava novamente a sua vida de Bàbálòrìsà, ao tomar obrigação de ano nas mãos do Bàbálórísà Otology em 22/04/1978, sua vida novamente subia como um rojão, e recolhia o ultimo Iyawo nesta primeira face foi Iyawos Mauro da Òsún.

No Ano seguinte aos 52 anos de idade falecia pôr hemorragia no esôfago sua mãe Dona Natália Maria da Silva em 26 de junho de 1979 as 22:00 horas uma terça feira no Hospital e Maternidade Presidente do Tucuruvi SP

 

 Afastamento dos amigos e da religião.

Desesperado e inconformado pela morte da mãe, se afastou da religião e de alguns amigos de candomblé durante 05 (cinco) anos. De junho de 1979 à Maio de 1984 e só queria saber de trabalhar em seu novo emprego no Banco Bradesco e não queria saber de nada que se referia ao Candomblé.

Em 16 de março de 1980 o Bàbálòrìsà Oya Otology com toda a sua humildade deu a obrigação de Três anos de Pai Waldo, a fim de levantar a sua alta estima para continuar a sua vida religiosa, e mostrar que a vida continua mesmo na falta de sua progenitora. Que isso era a prova árdua que o Òrìsàs tinha lhe dado, que ainda tinha muita coisa para fazer para o Òrìsàs e para as pessoas que precisaria da sua espiritualidade. Palavras de seu Pai de Santo Oya Otology. (Armando Nogueira)

Nestes cinco anos afastados os seus verdadeiros amigos foram: Bàbálòrìsà Marcos de Azevedo (Oya Ofurange), o seu Bàbálòrìsà Armando (Oya Otology), Bàbálórísà Marquinhos da Jurema, Iyalòrìsà Socorro de Oya e as pessoas que lhe acompanhavam Dirce Pereira, Aparecida de Lacerda e Antônio Rosa, Dorival, Zetti, Ronaldo do Ògún e todos lhe incentivavam para sua volta.

Pai Waldo saiu do Banco (Bradesco) no dia 23 de Abril de 1984 segunda-feira, e há um mês após dia 26 de Maio de 1984 sábado, foi o casamento mais badalado do ano, do SÉRGIO PEREIRA e VALDENICE DANIEL. (Iyàróbà Nice ty Òsún)

O Casamento foi na Igreja católica N.S. do Loreto em Vila Medeiros e a festa foi em uma chácara na Cidade do Arujá – SP. Pai Waldo foi reapresentado após oito anos afastado para Ernesto Perez, uns dos fundadores da casa de Candomblé e sua esposa Aparecida Dulce Monti e seus filhos: Rosana Monti (16 anos), Ronaldo Monti (15 anos) e Renato Cássio Perez (10 anos).

De junho a agosto de 1984 recolheu Marcos Antônio de Ode (Moefarreji) (Otun Alagbe), Wlademir (Galego) Bèssén (Àsógùn) e a Iyawo Cosmerinda Soares (Tozinha do Òmúlù) e no mês de outubro mais precisamente dia 12/10/1984 sexta-feira (feriado nacional dia de N.S. Aparecida) Ronaldo Monti tomava o seu primeiro Eborí no "Àsè Kyeowjì" e em 01/12/1984 sábado se confirmava Èkèdjì Cida de Oyà e nome do Iyáwò Zenildo de Ode e nascia a primeira filha do casal Valdenice e Sérgio Pereira, Pâmela Daniel Pereira.

Após as festividades do Natal e do final do ano de 1984 com a força e a esperança de continuar lutando, para o bom andamento da casa de Candomblé Pai Waldo começou a passar pôr dificuldades financeiras e a sua saúde debilitada novamente o abatia e a saudade e a falta de sua progenitora o deprime, mesmo assim lutava com a esperança que tudo daria certo.

Em 1985 foi o ano da virada, em que tudo começaria com nova roupagem e cheio de esperança. Desde outubro de 1984 já apoiado por Ronaldo Monti (Lògún Edé) que o incentivava para dar continuidade ao "Àsè Kyeowjì" e começou haver mudanças em sua vida, e para melhor?

Em Abril de 1985 Pai Waldo foi convidado pelo seu filho pequeno Arlindo de sàngó, para ir a Cidade de Cruz das Almas no Estado da Bahia, para tirar uma Èkèdjì e conhecer a Cidade,  Pai Waldo e sua filha de Santo Cida de Oyà foi hospedado na casa de Dona Margarida Òmúlù, (mãe Arlindo de sàngó). Dois dias depois foram a Cidade de Salvador, passou dois dias na Casa da Egbònme Roxa (filha de Santo menininha do Gantois) no Bairro da Liberdade, uma travessa da Rua Buturussu em frete ao Ileaiye. Passeou pela Cidade altas de Salvador, pelo Farol da Barra, Praia de Ondina, andou até o Teatro Maria Bethânia, voltando pela Lapa e indo até a Praça da Sé, Castro Alves, visitou o elevador Lacerda, voltando a Igreja de São Francisco indo até o baixo do sapateiro no Pelourinho, passando pela Cachoeira de São Bartolomeu, a Igreja do N.S.do Bom fim, e indo rapidamente até o Cantuá.

A 60 km da cidade de Salvador foram para Cidade de Cachoeira, atravessou a Cidade de São Félix pela ponte do Rio Paraguaçu para comer acarajé e visitar alguns amigos.

Pai Waldo, Arlindo de sàngó, Èkèdjì Cida de Oyà, de volta atravessado o Rio Paraguaçu pôr uma jangada para Cidade de São Felix, Cidade ao sul da Bahia, subindo a pé até o milagre de Santa Bárbara e passando rapidamente pela Cidade Muritiba - BA.

          Pegarão novamente a estrada à tardezinha de volta para Cidade Cruz das Almas, e ficando por mais 05 dias, para saída de Èkèdjì de Arlindo de Sòngó no Sábado de Aleluia dia 06/04/1985. No dia do Candomblé, foi quando a Iyalòrìsà Baratinha de Òsún (Ase Portão Muritiba e ase Òsùmárè Cachoeira), deu Rhum no Ode de Pai Waldo. Quê logo na semana seguinte voltaria a São Paulo e tomaria a rotina normal de sua vida. 

Após o carnaval (11/02/1986), Pai Waldo, foi convidado a se escrever para um curso de Yorùbá por 12 meses na "USP"- Universidade de São Paulo, na Cidade Universitária, com o Professor Nigeriano Obátoiyn. Todo empolgado na nova vida espiritual, e incentivado pela sua filha de santo e mãe pequena da casa Odisséia de Yemonja e seu marido Moacyr Ferrari, começara a sua nova etapa.

 

Força e apoio em uma nova era.

Sábado dia 26/04/1986 se iniciava Ronaldo Monti (Lògúnede) com o Bàbálórísà Oyà Otology e tomaria o posto de Kékèkè Awo no Àse Kyeowji, o seu posto foi cantado pelo Nigeriano Obátoiyn, professor da USP – UNIVERCIDADE DE SÃO PAULO. Com o apoio e força deste rapaz de apenas 18 anos de idade, mudara totalmente a vida de Pai Waldo, pela sua dedicação e apoio moral e espiritual.   

As iniciações Iyawo e obrigações continuavam no "Àsè Kyeowjì" de: Maria de Lourdes ty Òsún, Silvana Carnicelli ty Òsún, Andréia ty Ògún, Moacyr ty Agué, Luiz Ventura (miúdo) ty Òsòlufón, Angelina Lopes ty Yemoja, Paulo Fernandes ty Ògún, José Ramos ty Sàngó, Lais Guimarães ty Obàlúwàiyé, Elza Luiza ty   Obàlúwàiyé, Francisco Vilela ty Òsògyán.

 

Mudança para o Àsè (Portão Muritiba) Gantois - BA.

No dia 21/10/1989 sábado, Pai Waldo ty Òsóòsì tomava sete anos, Deka e Oiye com a Iyàlórísà e Oiye Mãe Juju ty Òsún no Ile Maroketu Àsé Òsún, Sapopemba Cidade de São Paulo.     

As iniciações Iyawo e obrigações continuavam no "Àsè Kyeowjì" de: Elizabete ty Oya, Paulo Moreira ty Ode, Beatriz ty Oya, Jeane ty Òsún, José Carlos ty  Òsòlufón, Avacy ty Ògún, Agnelo ty Òmúlù, Alexandre ty Òsògyán, Valdenice ty Òsún, Lúcia de Fátima ty Òsún, Obrigação de Sueli Banzatto ty Bèssén, Valquiria ty Òsún, Willian ty Ode, (Lia) Maria dos Anjos ty Oya, Irailda ty Òsún, Inês ty Oya, Yorraines ty Òsògyán, Dalila ty Ode, Altair ty Òsògyán, Márcia Minervino ty Oya, Marcelo ty Ode, Dilce ty Nàná, Suely Mariano ty Oya, Eduardo Martins ty Òlóògúnèdé, Rosiene ty Òsún, Alberto ty Òsògyán, Valdir ty Òlóògúnèdé, Simone ty Òsún, Sônia Regina ty Agué, Vanderlei ty Òsún, Alexandre Alves ty Òsògyán, Alice ty Oya, Daltair ty Ògún, Edemilson ty Ode, Adalberto ty Obàlúwàiyé, Denis Léo ty Ògún, Ozana ty Yemoja, Nora Ney ty Oya, Maria Ap. Soares ty Ode, Milton ty Agué, Ângela ty Òsún, Laércio ty sàngó, Laura Cristina ty Yemoja.

Com força e apoio do Kèkérè-Awo Ronaldo ty Òlóògúnèdé, Pai Waldo ty Òsòósí, dava continuidade no seu Asé. Em 18 de outubro de 1992, (domingo) se iniciava aos 11 anos de idade um garoto franzino tímido e educado, Raphael, filho de Pai Waldo, uma nova esperança e de continuidade, e assim dava inicio uma nova era juntamente com a sua Iyakèkérè Odisséia Yemòja, tomava (Odu-ije) os sete anos, Deka e Oiye e os seus sete dias de Ode no "Àsè Kyeowjì".

          E continuava as obrigações e iniciação de Iyawos no "ILÈ DE ÒSÓÒSÌ" - Ilè Àse Òkè Bàbá Ode Aperan - JB – SP - Àse Kyeowji, Paulo José ty Òsún, Luiz Fernando ty Ògún, Maria da Soledade ty Oya, Lílian Cristina ty sàngó, Carlos Aberto ty sàngó, Antônio Rosa ty sàngó, Antônio Renato ty Ògún, Neyde ty Yemoja, Nilsa Nardi ty Sàngó, Rogério Rocha ty Ògún, Ana Clara ty Oya, Eliane ty Oya, Sebastiana ty Bessen, Wancler Rocha ty Ode, Hilda ty Ode, Ellen Cristina ty Òsún, Henrique ty Ode, João Marcos ty Òmúlù, Edileusa ty Bessen, Rosa Donizete ty Òsún, Luciano de Jesus ty Òsògyán, Marcos Pinto ty Ode, Carlos José ty Òsògyán, Lucimara ty Ode, Rodrigo José ty Òsògyán, Maura Cristina ty Bessen, Rodrigo Brito ty Sàngó.

Ano 2000 novos tempos novas conquistas.

          Em 12/05/2001 Pai Waldo ty Òsòósì da inicio a um novo tempo em sua vida de Òrìsà, se iniciava Opo-Otun: Robson de Lògún Edé, filho do Kèkérè-Awo e Olòiyè e Ronaldo Lògún Edé e a iyawo Adriana da Òsún, na casa e com Egbònme: Altair Osogyian.

           Em Novembro de 2001, é inaugurada a mais nova roça de candomblé na Cidade do Córrego do Bom Jesus - MG. ALDEIA ESTRÊLA MAIOR -  Abassá Cabôclo Indaiassú - MG  - Estrada Municipal Córrego Póssinha, 2003 - Bairro Lavras -  Cep: 37605-000 – Estado de MG.

           O "Àsè Kyeowjì" renasce com uma nova força, e Pai Waldo ti Ósòósí da inicio a sua atividade espiritual iniciado em 08/09/2001, o rombono o Rio de Janeiro o iyawo Rennan ty Òsógyàn e em 17/04/2004 da nome o iyawo e Rombono da nova Roça em São Pedro da Aldeia RJ, Carlos Roberto ty Ode (Tico) e na continuidade, Diego Sansão ty Òlóògúnédè e Fernandinho ty Òsógyàn, Robson ty Ode, Paola ty Òsún, Èkèdjì Nice ty Òsún Toma Sete anos.

           Em 29/10/2004 sexta feira as 10h:10 da manhã no Hospital São Cristóvão, bairro da Mooca – SP, nasce Yasmim de Oyà a nova herdeira do trono de Ode ("Àsè Kyeowjì"), em 18/03/2006 sábado Yásmim de Oyà é iniciada em São Paulo no Àsè Kyeowjì - Ilè Maróketù Òrìsà Òsòtókánsósó e toma Posto no trono como Iyàlásè.

           Em 28/05/2005, Raphael ty Ode tomava Sete anos, Deka e Oiye e Posto de Bàbálàsè e a reinaugura a matriz do "Àsè Kyeowjì"- (já com o templo já construído) “REINO Ty ÒSÒWÚSÌ” Omo Alàketù Ilè Àsé ty Òlóògúnèdé – Cidade São Pedro da Aldeia, Estado Rio de Janeiro e assim sucessivamente.

          Em 29 de outubro de 2004, constituiu-se nova diretoria Executiva para complementar a nomenclatura "Àsé Kyeowjì", que foi usada pôr 28 anos, mas não registrada conforme o tramite da lei. Agora a sua função será de administrar às Entidades existentes como um Órgão fiscalizador.  E se chamará: à "Àsé Kyeowjì" - Àsè Maròketù Òrìsà Òsòtókànsósó. (Quer dizer: A força de um povo junto do seu senhor, na casa do caçador de uma flecha só.).

Em 06 de março se comemora a fundação do Àsè Kyeowjì, data essa, escolhida para saudar Òsóòsì (Ode Aperan), e homenagear Pai Waldo ty Òsòósí pela sua iniciação.  Alàfiá...

          Doravante a nomenclatura designada como: “Àsé Kyeowjì" passará a outorgar e conceder direitos as casas de Candomblé coirmãs filiadas, sob o comando de Pai Waldo ty Òsóòsì.  Isto é só o começo de uma historia..

Que ficará na lembrança e para sempre no coração daqules aqui forão mecionados... 

  Alàfiá...